sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ESTAMOS CONTRATANDO....E AÍ??? - VOCÊ SABE ENTREVISTAR OS CANDIDATOS?? - SEGUEM CINCO ERROS COMUNS ENTRE OS ENTREVISTADORES - 04/02/2011


Entrevistar requer prática, treinamento da escuta, atenção aos detalhes, observação atenta, concentração e preparo. Uma entrevista bem feita pode economizar tempo no final do processo, mas ela não é rápida. O contato pessoal trás ao entrevistado dezenas de informações que certamente contribuirão para a confirmação, ou não, do que foi obtido pelo currículo e testes pré-entrevista. Assim, o entrevistador não pode se esquecer da responsabilidade que está em suas mãos. Seguem  alguns dos principais pecados dos entrevistadores: 

1. Não compreender o perfil da vaga: erro comum. O entrevistador é a ponta do processo, precisa ser proativo e questionar o solicitante sobre as expectativas do cargo e da pessoa. Geralmente a solicitação tende a ser breve, quando não é feita eletronicamente. Quando há uma reunião para isso, costuma ser travada em nível subjetivo e o entrevistador tende a "achar" que está entendendo o que está sendo solicitado. Aí começam os ruídos de comunicação.

2. Não se preparar para a entrevista: imprescindível ler o currículo do candidato atentamente. Parece óbvio, mas nem sempre é isso o que acontece. Muitos contam com a capacidade de improvisação e com a previsível pergunta: "me fale sobre sua experiência profissional". Porém o candidato percebe quando seu currículo foi lido pela qualidade das perguntas e muitas vezes pelas expressões do entrevistador de surpresa ou frustração, por exemplo, ao mencionar uma informação que já consta no currículo.

3. Arrogância: Muitos entrevistadores se acham donos e senhores das vagas; assim, todo aquele que se apresenta para essa "autoridade" deve submeter-se aos seus desejos. Horas de espera, mudanças de datas de última hora sem justificativa plausível, olhar de superioridade, pouca ou nenhuma empatia e criação de clima de terror na entrevista. Esse tipo de atitude desperta no entrevistado reação de defesa e pouca ou nenhuma atitude contributiva, mesmo que ele precise e deseje aquela posição. Com esse comportamento, consciente ou não por parte do entrevistador, ele corre o severo risco de não obter o melhor dos candidatos em processo de entrevista.

4. Perguntas pouco estruturadas ou indutivas: Apesar do modelo de seleção por competências ser uma forte tendência, ainda há muitos profissionais da área que não se utilizam desse modelo- que se baseia em obter informações das experiências passadas dos candidatos. Fazer perguntas indutivas do tipo: "Você acredita que trabalhar sobre pressão, atualmente, seja importante?" pode enviesar a qualidade da resposta. Algumas perguntas hipotéticas também são questionáveis do tipo "o que faria se encontrasse uma caixa no seu caminho?" não é lenda. Essa pergunta aconteceu. Qual o objetivo da pergunta? O que você quer efetivamente saber? É importante para avaliar o candidato? Uma boa entrevista é resultado de ótimas perguntas.

5. Evite preconceitos: Mais do que qualquer outro profissional, o selecionador deve evitar a todo custo os rótulos e prejulgamentos. Há profissionais que se formaram em áreas diferentes daquelas tradicionais requisitadas pelo solicitante e que são ótimos profissionais, que desejam fortemente mudar de área e o profissional da área de seleção deve ser aquele que consegue perceber além do óbvio, além das aparências, e isso só será possível quando se libertar dos crivos e do convencional. Uma das características mais desejáveis nas organizações de ponta é ter em seu time pessoas multifacetadas, com interesses diversos e com grande capacidade de adaptação e flexibilidade. Se quem seleciona pensa dentro da caixa, como identificar esses profissionais?

Obrigado a todos e até a próxima.

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